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Quando olho o céu no fim da tarde.
Minha alma quase chora enternecida!
De sentir toda beleza que me invade,
E ver tanta grandeza esquecida.
Aqueles tons tão matizados na colina,
E que se expandem no azul do céu imenso;
Transtornam minha alma quando penso,
Que o homem é tal qual uma neblina!
E quando vejo a lua toda adornada,
De sentinelas peninhas e brilhantes.
Direção aos transeuntes caminhantes,
Na efervescência da pungente caminhada.
Então suponho que possa ser possível.
Moldar o mundo das fissuras desta terra.
Desabitar os corações de tanta guerra,
Numa pujança de paz indescritível!
Beber do solo em peso de igualdade!
Desatar os nós e colar as rachaduras!
Amarrar os laços e cingir as descosturas.
Derramar a consciência na taça da indignidade!
Edith Lobato